A trajetória da nossa instituição começou em 15 de julho de 1976, com o lançamento da pedra fundamental da Casa de Frederico Ozanam. O projeto inicial previa a construção de três pavilhões: um destinado à creche/orfanato, outro ao asilo e um terceiro para as áreas administrativas, lavanderia, cozinha/refeitório e capela. No entanto, esse projeto inicial não foi executado conforme o planejado. Em 1978, com o apoio da SIDERBRÁS, que doou materiais de construção provenientes da desativação de um canteiro de obras no Plano Piloto, foi possível construir um galpão de madeira com várias divisões.
No dia 16 de setembro de 1978, iniciaram-se oficialmente os trabalhos do Instituto, sob a direção da Senhora Argentina de Oliveira Russo, com a matrícula de 54 crianças – 28 meninos e 26 meninas –, filhos de assistidos das Conferências da Sociedade de São Vicente de Paulo.
A construção do primeiro pavilhão de alvenaria começou em 2 de outubro de 1979, e sua inauguração ocorreu em 12 de outubro de 1980. Esse espaço, destinado à creche, recebeu o nome de Antônio Feitosa dos Santos, em homenagem póstuma a um dos maiores vicentinos de Brasília.
No final de 2000, a instituição enfrentou uma grave crise que resultou na suspensão temporária das atividades. O senhor José Gonçalves de Oliveira, juntamente com um grupo de vicentinos voluntários, assumiu a gestão e elaborou um planejamento específico para garantir a continuidade do atendimento. Houve uma interrupção entre dezembro de 2000 e o início de março de 2001, mas as atividades foram retomadas no dia 10 de março de 2001. Para quitar os débitos com funcionários, a diretoria recorreu a empréstimos junto ao Conselho Central de Brasília (CCB) e ao Conselho Metropolitano de Brasília (CMB), regularizando a situação financeira no mesmo período.
Em 2009, um avanço importante foi a celebração do Convênio nº 33/2009 com o Governo do Distrito Federal, por intermédio da Secretaria de Estado de Educação. Posteriormente, a instituição obteve o credenciamento oficial para funcionamento como creche por meio do Parecer nº 12/2010-CEDF (processo nº 460.000361/2009) e da Portaria nº 25, de 25 de dezembro de 2010, que autorizou o atendimento de crianças de 6 meses a 5 anos. Ainda em 2010, foi firmado o Convênio nº 20/2010 com o Distrito Federal, representado pela Secretaria de Educação e a Sociedade São Vicente de Paulo, seguido pelo Convênio nº 04/2011 em 2011 e pelo Convênio nº 40/2013, que teve termos aditivos firmados nos dois anos subsequentes. Em 2017, iniciou-se o Convênio nº 035/2017, com vigência até 8 de agosto do mesmo ano. No dia seguinte, foi assinado o Termo de Colaboração nº 147/2017 com o GDF, com vigência até agosto de 2022.
Atendendo a uma solicitação da Unidade Regional de Planejamento Educacional e Tecnológico – UNIPLAT, da Coordenação Regional de Ensino de Ceilândia, houve uma alteração na faixa etária atendida em 2018, passando a abranger crianças de 1 a 4 anos. A mudança visou atender à maior demanda por vagas nas faixas etárias mais baixas, extinguindo o atendimento para crianças de 5 anos. Em 2019, a faixa etária atendida foi novamente ajustada, passando a atender exclusivamente crianças de 1 a 3 anos (do berçário II ao maternal II).
Atualmente, a Instituição de Educação Infantil (IEP) atua com base no Termo de Colaboração nº 091/2023, atendendo 189 crianças e ampliando o acesso à educação infantil na comunidade. Essa mudança resultou em impactos significativos, como melhorias na estrutura física, reorganização das práticas pedagógicas e fortalecimento da equipe profissional. Também favoreceu uma gestão mais estável e participativa, reforçando os vínculos com as famílias e promovendo uma educação mais acolhedora, inclusiva e de qualidade. O novo termo reafirma o compromisso da IEP com o desenvolvimento integral das crianças e com a valorização da infância como uma fase essencial na formação humana. Assim, o histórico da instituição se consolida como uma ferramenta viva e dinâmica que guia os rumos da prática educativa e da gestão escolar, com base na memória institucional e na construção coletiva de um futuro melhor para a comunidade.